quinta-feira, 26 de junho de 2014

O sonho que virou pesadelo

Lá acabou a prestação de Portugal no Mundial 2014.
Nunca critiquei as escolhas de Paulo Bento pois entendo que quem está perto tem (deveria) uma melhor percepção de como os atletas se apresentam.
Tudo começou com um sonho, como sempre éramos campeões antes de começar, mas tudo terminou com tristeza e sem muita margem para pensamentos pós mundial.
O que se terá passado para tantas lesões, qual o critério para a escolha dos jogadores, das táticas, etc, fica agora a cargo das dezenas de comentadores que por aí andam. Agora podem falar e questionar tudo e mais alguma coisa.
Para o simples adepto fica a tristeza de vermos Portugal abandonar o Mundial cedo demais e termos que voltar a ver a triste realidade que nos rodeia dos cortes cegos, dos desequilíbrios sociais, dos receios do amanhã com ou sem trabalho. Alguns pensarão, que daqui a dois anos haverá o Europeu e será desta que Portugal traz uma alegria para casa e que CR7 mostra tudo o que vale. Eu acredito que sim, pois acreditar é o que nos resta. Mesmo assim força Portugal.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

E assim vai o Mundo...: Tudo por nada

E assim vai o Mundo...: Tudo por nada: É impressionante o que por vezes certos filmes nos ensinam. Não estou a falar de filme que à partida são histórias de vida e que por isso qu...

Tudo por nada

É impressionante o que por vezes certos filmes nos ensinam. Não estou a falar de filme que à partida são histórias de vida e que por isso querem demarcar um percurso e demonstrar um caminho  que se seguiu, bem ou mal, e que se deve, ou não, seguir.
Neste caso concreto falo de um bom filme realizado e produzido por Clint Eastwood, de seu nome "Crime Real".
Uma boa trama de alguém que é acusado injustamente pela morte de uma jovem apenas por estar no sítio errado à hora errada. Uma vida que vai ser ceifada pela Justiça devido à  falta de provas e por depoimentos turvados pelo racismo.
O que venho aqui escrever não è sobre o filme, bom por sinal. Mas sim sobre a trama, não a principal do jovem infeliz que se vê privado da liberdade, mas antes das (sub) tramas, se assim posso chamar que estavam inclusas no dito filme. É certo que quando assistimos a um filme e levados pelo guião a nossa atenção foca-se na trama principal e deixamos passar pormenores importantes. Ora vejamos. Neste filme, um homem com uma vida desgraçada, mulherengo, alcoólico, mas com faro para uma boa notícia vê-se com uma história que ele à partida desconfia, a do tal jovem que è condenado à morte.
Durante todo o filme  assistimos a um homem a lutar desesperadamente por aquilo em que acredita. Não desistindo mesmo quando tudo e todos estão contra ele, deixando, inclusive, a família para segundo plano. Vemos um homem de coragem com determinação, ou alguém teimoso que apenas porque sim quer ir contra a parede.
É aqui que, para mim, interessa este post. O que na realidade assistimos, se estivermos atentos, é um homem a lutar por um ideal, por uma ideia concebida na sua cabeça e que por nada ele quer abandonar.
Podemos dizer que é loucura. Sim a sua insistência quase lhe tirou tudo, trabalho, família, a vida, mas no ultimo segundo da sua insistência o rapaz condenado à morte é salvo de um fim  que não lhe era destinado. E tudo graças à insistência, à luta de um homem, só, com uma ideia fixa e um bom faro para a notícia.
Toda esta conversa para dizer que a vida deve ser feita disto mesmo. Não devemos desistir dos nossos ideais, das nossas ideias interiores o mais estranhas que sejam. Devemos lutar, conscientes dos perigos que nos rondam, mas devemos seguir em frente. Se ele não tivesse acreditado em si e lutado por tudo aquilo em que acreditava o rapaz tinha sido, injustamente, morto por injeção letal.
Claro que dirão que tudo não passa de um filme, mas acreditem na vida real também é assim, e penso que é assim que faz sentido. Devemos lutar até ao ultimo segundo, pois por um segundo se ganha mas não esquecendo que, também, por um segundo se perde.

Boa noite.

Miguel Marques

domingo, 20 de abril de 2014

SLB Campeao

O Benfica consagrou-se Campeão Nacional a três jornadas do fim da época. Parabens a todos os Benfiquistas por mais este título, o 33.º se a memória não me falha.
Os automóveis já se ouvem nas ruas num frenesim como se não houvesse amanhã. Buzinas, gritos, vuvuzelas, etc, fazem ecoar a alegria que paira nos corações encarnados.
Eu sou Sportinguista, preferia que fossem os corações verdes a festejar mas há-de de ser um dia.
O que me deixa feliz é esta magia, que o futebol em particular e o desporto em geral nos traz, que paira no ar. Por momentos todos nos esquecemos da crise, dos cortes, das sobretaxas, do IRS, do IVA, do Governo, da Troika , enfim esquecemos-nos das coisas más da vida.
Na realidade esquecemo-nos da vida para viver esta grande emoção que é neste caso o futebol.
Milhões de pessoas neste momento esqueceram as dificuldades que sentiam à cerca de 90 minutos atrás e festejam, com alegria,  a vitória do seu clube do coração.
Fico feliz, pena é que não haja todos os dias um campeão, que não haja todos os dias um motivo de festejo que leve de vez embora esta áurea negra que em nada nos ajuda para um futuro mais risonho, um futuro com um melhor ataque, uma melhor defesa e que nos torne campeões da nossa própria vida.
Parabéns SLB

Santa Páscoa

"Páscoa ou Domingo da Ressurreição é um festival e um feriado que celebra a ressurreição de Jesus ocorrida três dias depois da sua crucificação no Calvário, conforme o relato do Novo Testamento . É a principal celebração do ano litúrgico cristão e também a mais antiga e importante festa cristã. A data da Páscoa determina todas as demais datas das festas móveis cristãs, com excepção às relacionadas ao Advento. O domingo de Páscoa marca o ápice da Paixão de Cristo e é precedido pela Quaresma, uma período de quarenta dias de jejuns, orações e penitências."

Esta é a definição ou explicação, como melhor entenderem, da Páscoa que todos podem encontrar no WIKIPÉDIA. Como se pode verificar, lendo o artigo vertido na página, muitas são as diferenças entre povos, culturas, crenças religiosas, em relação a este Advento.

Não, não venho aqui hoje para explicar o que significa a Páscoa, até porque não tenho conhecimentos para tal. Venho para desejar aos crentes, não crentes e aos que se encontrem entre uns e outros uma SANTA PÁSCOA. Recebam e troquem muitos Ovos da Páscoa, e sejam felizes, simplesmente sejam felizes junto de quem mais amam.


sexta-feira, 18 de abril de 2014

A distração é inimiga da felicidade

Todos os dias acontecem coisas maravilhosas bem à nossa volta. Mas andamos tão  distraídos com outras menos importantes que nem damos conta delas. 
Ao andar pelas ruas, apenas andamos, seguimos em frente. Em frente  num caminho que nos conduz a algo. Algo que nos trará qualquer coisa.
Tantas palavras e nada foi dito, palavras vazias sem sentido tal como sem sentido é o caminho que percorremos sem olhar à nossa volta. 
Utilizando uma expressão rodoviária, mas pertinente para o quero explanar, devemos parar, escutar e olhar mais para o que nos rodeia, para o que passa por nós também a correr.
A correr vivemos a vida. Ou será que sobrevivemos à vida? A escolha será nossa?
Creio que sim. Creio que temos um destino onde queremos chegar e vários caminhos para o alcançar, a escolha dos caminhos é a nossa escolha. Escolha essa que, por vezes, pode ir contra tudo e contra todos mas é a nossa escolha, pois também é a nossa vida.
Nesta época que passamos, marcada de um sentimento forte para uns e sem nenhum interesse para outros, desafio a que paremos mais, que escutemos mais e que olhemos mais para o mundo ao nosso redor para que a vida não passe por nós, para que acima de tudo sejamos nós a passar pela vida o melhor que sabemos e podemos conscientes dos atos que tomamos.
Uma Santa Páscoa.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Finalmente

Hoje sinto-me feliz. Finalmente, passado quase um ano após o início do processo, o meu pai conseguiu encerrar a conta conjunta que mantinha com a minha mãe, falecida à um ano. Quase um ano para terminar um processo carregado de burocracia e mais burocracia, procedimentos para aqui, procedimentos para ali. Durou tanto tempo e teve tantas reviravoltas que se não fosse uma situação tão séria dariam para rir. Certo que as entidades bancárias têm os seus procedimentos e regem-se por regras. Certo quem sem eles tudo funcionaria de uma forma desordenada. Mas dez meses de procedimentos é muito tempo. Não? Entre muitos avanços e recuos a entidade bancária descobriu que os meus pais tinham pedido carteiras de cheques e que alguns deles não foram utilizados. Pediram-nos, então, que fossemos à PSP a fim de participar o extravio dos mesmos. Como eram muitos cheques, espantem-se ou não, a PSP recusou-se a colocar o número dos mesmos na participação e apenas anexou, à mesma, o e-mail por nós recepcionado proveniente da entidade bancária com a informação dos cheques que deveríamos participar o extravio. Acontece que esta participação não foi aceite no Banco e lá teve de o meu pai fazer nova visita às instalações da PSP e reformular o pedido de participação. Nada feito, os cheques eram muitos e dava muito trabalho apenas se dignaram a mencionar que a participação era referente ao e-mail que para os efeitos se anexava. Pensámos que de nada iria valer mas mesmo assim fomos ao Banco. No início a resposta foi imediata "isto não serve, eles tem que colocar os números". Surpresos? Não! Mas lá apelámos ao bom senso e relembrámos os meses que tinham decorrido desde o início do processo e como que por magia a participação foi aceite. Ainda bem pois teríamos que reclamar junto do Banco, do Banco de Portugal e por aí fora. Está-se mesmo a ver mais uns meses com a conta tendo como titular uma cidadã falecida. Conclusão: burocracia sim mas QB. Por favor para situações complexas e novas temos de encontrar soluções também novas que satisfaçam as partes envolvidas.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Questiono-me

QUESTIONO-ME

Todos os dias, ou quase todos, me questiono sobre a existência de uma Divindade superior a tudo e a todos que tudo pode e tudo faz. Questiono-me desde que me lembro do que significa a palavra questionar.
Sempre foi tema de conversa entre mim e a minha Mãe, que convictamente acreditava na Sua existência.
Tenho que ser sincero, durante muito tempo também acreditei sem questionar fosse o que fosse. Confusos? É simples, eu acreditava na Sua existência, não a questionando, apenas pensava de mim para comigo o porquê de certas coisas más acontecerem sobre o Seu olhar atento sem que nada Fizesse para o impedir.
Os anos passam e os pensamentos mudam. Neste momento da vida tenho algumas luzes de teorias disto e daquilo, que o Universo surgiu assim e assado, a questão do Big Bang, que nada tem a ver com a ação Divina. 
Ora bolas, todas as teorias e crenças ainda me deixam mais confuso e continuo a questionar, agora sim, a Sua própria existência. 
Sei que Lhe atribuem vários nomes, que me escuso neste texto de mencionar, consoante as religiões e as crenças. 
Mas a questão continua. viva em mim, será que Ele existe, será que não! Tantos inocentes que morrem, por nada, todos os dias às mãos de gente perversa, essa sim que devia. desaparecer do mapa, e Ele nada faz. Será estratégia, como está escrito nas sagradas escrituras, será falta de atenção, tal qual um governo que deixa morrer à fome os seus cidadãos por falta de auxílio e aumento dos impostos?
Não sei!! Não o soube no passado, não o sei no presente e quase de certeza nunca o virei a saber no futuro, futuro esse que como já diz o ditado a Ele pertence.
Uma coisa eu sei, algo de superior, ao mero ser humano, existe. Não sei o quê nem quem, nem que nome tem e que, a ser verdade, é o mesmo para todas as religiões cujos fieis se têm aniquilado ao longo de séculos e irão continuar a fazê-lo em nome de.... não sei bem o quê.

É uma questão pertinente, não??

Miguel Marques

quarta-feira, 26 de março de 2014

Sozinho

SOZINHO

Estar só pode não ser mau de todo. Lá diz o povo que " mais vale só que mal acompanhado ". Não é de todo o caso. Por vezes a solidão traz-nos a lucidez para decisões muito relevantes na nossa vida. Sem dúvida que os antigos tinham a sua razão, pois quem atrapalha, atrapalha mesmo. Isto é uma questão transversal à época. Por vezes decidimos melhor quando nos encontramos sozinhos a olhar o mar, o céu azul ou mesmo a lua.
Para quem gosta de escrever a solidão é uma ferramenta essencial. Ela nos dá a alma da escrita e o dom da palavra.
Em homenagem à minha querida Mãe vou tentar debitar um poema que, por muito fraquinho que seja, vai ser, de todo, muito esforçado. A minha Mãe tinha o dom da escrita e eu apenas sou um aprendiz de uma das suas grandes virtudes.

Sozinho estou, acompanhado me sinto,
Cavalgando neste trilho que se chama vida,
Travando batalhas dia a dia consigo,
Adiar tranquilamente a minha ida.

Feliz me encontro com tudo o que tenho,
Amor, saúde, família e dinheiro,
Nada do que os os outros tém eu desdenho,
Aquilo que não tenho é apenas um cheiro.

Um cheiro doce daquilo que poderei alcançar,
Com esforço, dedicação e amor,
Que, certamente, me fará mais feliz apenas por dar,
À família que  tanto amo uma vida melhor recheada e sabor.

Miguel Marques

(Sozinho - Caetano Veloso)
http://www.youtube.com/watch?v=fwdGWiONMBw

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

E assim vou eu

E assim vou eu

Estou farto de estar só, mas sempre acompanhado,
Estou farto de tanta gente mas sem ninguém a meu lado,
Estou farto do vai e vem de pensamentos vazios e trocados,
Estou farto de estar farto.

Estou farto de palavras vãs que levam a frazes vazias,
Estou farto de ideias complexas completamente distorcidas,
Estou farto do balouçar das ondas que só trazem azias,
Estou farto de estar farto.

Estou farto disto, daquilo e não sei mais quê,
Estou farto de estar farto sem saber porquê,
Estou farto deste coração que finge que não vê,
Estou farto de estar farto.

Estou farto do vazio da noite escura,
Estou farto da luz que ilumina a penumbra,
Estou farto de pensar que sim e saber que não,
Estou farto do pensar sem poder agir,
Estou farto daqui, estou farto dali, vou fugir.

Estou farto de estar farto

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

É Natal, é Natal

Mais um Natal que passou.
As conversas do costume, "bom Natal, cuidado com os doces, um santo e feliz Natal, blá blá."
Não que que seja contra o Natal. Não. Eu gosto imenso desta época e da nostalgia e lembrança que ela trás e representa.
Pena é que os valores estejam, à muito tempo, virados do avesso.
O Natal significa união, família, convívio. Claro está que também significa o nascimento de Jesus e toda a carga cristã que o acompanha.
O quero dizer é que nesta época os stress é muito maior que em outras. As pessoas correm nas ruas atrás disto e daquilo que ainda falta comprar para ofertar a alguém. Correm com pressa e com receio de não telefonarem a todos os familiares e conhecidos a desejar um feliz Natal, correm para ir ao cabeleireiro, correm para ir às compras, correm, correm, correm. Quase que se atropelam nas ruas, nas lojas, no metro. Dentro dos automóveis tudo anda mais nervoso, apitam por isto, apitam por aquilo, reclamam com este e com aquele e porquê? É da pressa, dos stress,
Volto a referir que adoro esta época, apenas não consigo compreender, por mais esforços que faça, o porquê das pessoas só se lembrarem de pormenores tão importantes como telefonar a um amigo ou a um familiar distante neste época.
E o resto do ano? Para que serve? Para correr, para stressar com este e com aquele, por isto e por aquilo, para apitar dentro dos automóveis por tudo e por nada.
Afinal o que há de diferente no Natal? Certo, certo, as compras de ultima hora, as lojas cheias, a árvore cheias de presentes. À e já me esquecia do mais importante o nascimento de Jesus, a comemoração em família, a ajuda ao próximo.
Tirando o nascimento do menino todas as outras ocasiões seriam de celebrar e de ocorrer todos os dias do ano, menos a árvore claro, pois tal como dizem O NATAL É QUANDO O HOMEM QUISER.